"Tchá por Deus o que que é esse AGORA VÔTE" - expressão de grande surpresa em cuiabanês



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segunda-feira, 31 de março de 2014

Inveja boa

Eu tenho inveja de algumas pessoas na minha vida. Inveja boa. Mas não pelo que elas tem, mas sim pelo que elas são capazes de fazer. E duas dessas pessoas são uma amiga minha aqui de Houston e o marido dela. Os dois apaixonados por gatos como eu sou, mas em um outro nível, eles fizeram dos gatos uma parte enorme da vida dos dois.

Branquinha, a mais nova adição à família
Quando mudaram da Europa para Houston, há 7 anos atrás, trouxeram junto dois gatos que já haviam adotado. No novo bairro, começaram a alimentar vários gatos sem dono que vivem por ali. Não só alimentar, mas o mais importante, castrar! Quem ama, castra e esse mesmo casal já castrou mais de 25 gatos por conta própria. Hoje eles são registrados na prefeitura de Houston como Cat Colony Managers, e a colônia de gatos da qual eles tomam conta tem mais de 15 gatos, incuíndo os gatos que realmente são deles.

Jantar servido.
Todo dia por volta de 6 da manhã e 6 da tarde os gatos se reúnem em volta da piscina para esperar pelos pratinhos, alguns com atum, alguns com comida de gato seca, alguns com comida de gato de latinha. A seleção é grande já que alguns dos gatos acho que esqueceram que são de rua e adquiriram gosto refinado.  Por mês eles gastam uma média de $300 com comida, sem contar os gastos com veterinários. E como o casal viaja muito, ainda precisam pagar um petsitter para cuidar dos gatos quando estão fora da cidade. É praticamente um trabalho social, cuidando de um problema fácil de resolver se cada um cuidasse de castrar seu animal de estimação.

Uma gata que adora chantilly
Dá um trabalho enorme, é frustrante na maioria das vezes. Eu sei e ela me conta. Mas também sei que esses gatos são como uma família para eles e eles não os deixariam desamparados por nada nesse mundo.

Neo, o gato europeu. Já venceu o cancer duas vezes.

sábado, 22 de março de 2014

Manual do passageiro consciente

Não sei se é psicológico, e na verdade eu não me importo. Se você vê os comissários de bordo puxando um carrinho de bebidas no corredor e te dá aquela vontade desesperada de ir ao banheiro... 

SENTA A PORRA DESSA BUNDA E ESPERA!

Prometo, não demora muito :D
Principalmente se você deixar o corredor livre.

Além de super inconveniente, atrapalhando a ordem do serviço, você sabia que um carrinho daquelas, na classe econômica geralmente pesa mais que 500kg? 
Agora tenta puxar essa jamanta ladeira acima. 
Agora tenta ficar empurra-e-puxa porque alguém não se toca que está sendo inconveniente ao extremo.
Agora tenta fazer cara de monalisa, não virar os olhos, enquanto outras 100 pessoas estão esperando para receber uma bebida.

Agora respira.
Respira fundo.
E expira.

Crédito: Jetllaged Comic
"Você pode por favor pedir algo 
da parte de cima do carro? 
Não tem como eu abaixar agora."




terça-feira, 18 de março de 2014

De onde no Brasil você é?

Sempre ouço essa pergunta por aqui. Depois de explicar que sou do Brasil, vem sempre a temida pergunta: "de onde no Brasil?"
Tenho muito orgulho de ser mato-grossense e cuiabana. Mas como seria mais fácil explicar que sou do Rio ou de São Paulo... A maioria das pessoas aqui mal sabem onde fica o Brasil no mapa, muito menos meu estado. Dependendo da pessoa, do dia, e principalmente do meu humor, cada um pode ouvir uma resposta diferente:
- Sabe Brasília? Então, segue mais pro oeste ainda.
- Sabe onde fica a Bolívia? Então,  meu estado faz fronteira.
- Se você fizer um risco de norte ao sul e de leste a oeste na América do Sul, minha cidade fica bem no meio.
- Ah, você é piloto? Já fez vôo pra São Paulo? Então,  quando você sai de São Paulo você vira à esquerda. Minha cidade é a última cidade que você passa antes de seguir em linha reta em direção ao norte.
- Eu sou de onde o seu "brazilian steak" vem.
- Eu não sou da costa, eu sou da floresta amazônica.
- Eu fico bem embaixo da floresta amazônica.
- Eu sou da floresta.
E você? É de "onde" no Brasil?

sexta-feira, 7 de março de 2014

Key West - Flórida

E é por momentos como esse que eu vivo essa vida de comissária de bordo. Quando você pega uma viagem com 32 horas em Miami Beach, em um hotel na frente da praia. Chamei o chinês para ir comigo, ele voa de graça, graças aos meus benefícios. Pela primeira vez ele me viu trabalhando. E disse que eu falo muito rápido no interfone (eu era a líder do voo).

Em Miami nos ficamos no hotel que é possivelmente o pior hotel de todos que ficamos em estrutura dos quartos. O hotel é velho, os quartos não devem ter visto uma reforma em anos. Mas ao mesmo tempo é o melhor hotel de todos os que ficamos, na frente da praia, piscina maravilhosa e todos os hóspedes são comissários: todos! O hotel nos trata super bem e já tem tudo customizado para nós.

TAM, SwissAir, TAP, United, US Airways, TACA, American Airlines, Delta, são só algumas das companias que hospedam seus comissários no hotel. Os comissários da TAM são famosos pelos churrascos na beira da piscina. Pelo que eu sei quando eles chegam o hotel já tem a churrasqueira preparada para eles.
Qualquer lugar que você olhar vai ter comissário. E é fácil confraternizar e fazer amigos quando a conversa flue fácil, todo mundo vem do mesmo meio de trabalho. Na primeira noite eu e o chinês ficamos conversando até as 2 da manhã com dois pilotos da American.

No dia seguinte alugamos um carro (com desconto de comissário já acertado pelo hotel) e decidimos dirigir as mais de 3 horas até Key West, o ponto mais ao Sul dos Eua. Sonho antigo, questão de riscar mais um item da lista lugares para visitar antes de morrer. Estava mais interessada na viagem, em fazer a famosa rota pelas ilhas e pontes que levam a Key West. US 1 - South até a milha 0.





Antes disso pedi dicas a minha amiga Patricia Zubioli, viajante profissional, sobre Key West. Ela disse que eu deveria parar em um parque estadual ao longo do caminho chamado de Bahia Honda State Park. E como eu confio nela, assim eu fiz.

O parque cobrava U$ 9 por duas pessoas e tem uma estrutura de marina, praias e lugares para pic-nic. Não tínhamos tempo para deitar e rolar ao sol, ainda tínhamos mais uma hora de viagem para chegar a Key West. E quando o chinês já estava começando a reclamar do dinheiro pago, uma movimentação de gente tirando fotos chamou a nossa atenção.

AAAAAAHHHHHHHHHH, um peixe-boi!!!!

Juro que eu acho que ele conseguia me ouvir da água. Não consegui conter minha surpresa. Eu queria pular na água, e abraçar e beijar essa fofurinha. Lá ele estava nadando na beira da marina, sem preocupação nenhuma. Parecia que gostava da atenção que recebia. Cada mergulho era um flash!




Say cheeeeese!

Não é nenhum peixe-boi, só meu barrigudinho.
Bahia Honda State Park


E felizes com os U$9 pagos nós seguimos viagem para Key West.

Chegamos lá já 14:30 quase violetas de fome. Antes de ver qualquer coisa, decidimos por comida caribenha e achei um restaurante pelo Google Maps. Quando chegamos ao restaurante, que surpresa.


A casa onde hoje é o restaurante foi um dia o escritório onde nasceu a Pan American World Airways, mais conhecida como Pan Am, no dia 28 de outubro (meu aniversário) 1927, com o voo Nº 1 partindo com destino a Havana, Cuba.

Ah é, o almoço.


Mojito!

Com as barriguinhas cheias, e cachacinha na cabeça, vamos ao que interessa. Chega de mentiras. Vamos ao ponto, vamos ao verdadeiro motivo dessas 3 horas e meia de viagem (trânsito difícil).

Gatos!












Sim, gatos! Mas não qualquer tipo de gato. Olhe novamente as fotos, percebeu alguma coisa diferente entre esses gatos e o seu "chaninho"?


Bom, voltemos a 1928  quando um charmoso homem e sua 2ª esposa, em lua-de-mel, chegaram a Key West, via Havana, diretamente de Paris. Esse charmoso homem por acaso se chamava Ernest Hemingway. Ele se apaixonou pela vida na ilha e decidiu por ali ficar. O tio de sua esposa Pauline, decidiu presentear o casal com uma casa caindo aos pedaços, a qual o casal restaurou e ali fez sua morada.

Eu fiquei tão entertida com os gatos que esqueci de tirar uma foto da casa.
Crédito: Hemingwayhome

Nos 9 anos que ali viveu, Hemingway produziu grande parte de sua obra, incluindo "Por Quem os Sinos Dobram". E durante esse tempo na ilha ele também conheceu um capitão que tinha um gato com seis dedos. Hemingway gostou tanto do gato que o capitão o presenteou com o felino. E assim começou a lenda dos "Hemingway cats".

Patrick e Gregory, filhos de Hemingway com Snowball
Crédito: HemingwayHome

O gato foi batizado de Snowball. Até hoje não se sabe se era um macho ou fêmea. Mas o que se sabe é que Snowball não brincava em serviço. Quase 100 anos depois, a casa é hoje um museu, habitada por mais de 40 gatos bem cuidados, descendentes de Snowball. Os jardins que circundam a casa são protegidos por uma cerca e os gatos andam livres pela casa, sendo os únicos permitidos a subir nos móveis, nas camas, onde quer que eles quiserem. Hoje a ilha é habitada por diversos gatos de seis dedos, possivelmente descendentes do mesmo, e muitas galinhas e galos. Não sei a história das galinhas, não muito interessada também.


O escritório como na época em que Hemingway ali escrevia.
Quem tem gato sabe bem o que aquela
mancha no meio da cama significa.
Impossível colocar cimento fresco nessa casa
sem os gatos fazerem dela uma "calçada da fama"

E enfim, ao final do dia eu achei o começo do arco-íris.





terça-feira, 4 de março de 2014

Que feitiçaria é essa?

Essa semana eu bati meu recorde.
-20°C sem casaco, que eu já tô de saco cheio de andar por aí igual uma cebola,  cheia de camadas.
Calor demais é ruim, cuiabana e sei bem. Mas frio demais é muito pior. Dói.
Mas não tema, escrevo isso diretamente dá Florida e seus 32°C. Sim, de -20°C a 32°C no mesmo dia. Vida de comissária.

domingo, 2 de março de 2014

Mardi Gras

Mesmo gostando muito de festa, nunca fui muito fã de Carnaval. Mas de vez em nunca não faz mal a ninguém. Semana passada experimentei um pouco do que seria o Carnaval de New Orleans. Rápido e o suficiente para mim. Lá nos encontramos com amigos do Brasil, Geisa e Wallace que acabaram de se mudar para a Louisiana. E em um caso de muita sorte, uma das minhas melhores amigas de trabalho por coincidência estava na cidade. Um dia para ficar na memória.
E antes que alguém pergunte, ganhamos sim colares, mas sem pagar peitinho!









Weight Watchers: funciona! (parte 3)

Pois bem. Como eu ia dizendo, eu comecei no Weight Watcher em abril de 2013 e por volta de novembro, seguindo o programa religiosamente eu perdi 11 kilos. Peso que pela primeira vez na vida consegui manter sem voltar. Mas melhor do que perder peso, o que eu ganhei com o programa foram hábitos alimentares mais saudáveis e uma consciência maior do que eu como. Agora eu preciso pensar antes de comer e não só comer sem pensar.

Antes eu não era muito fã de frutas. Como no programa as frutas não contam pontos, eu comecei a me forçar a comer mais frutas. Hoje eu não só como muito mais frutas, como adoro e sinto falta quando não tenho em casa. Também aprendi a cozinhar comidas mais leves, escolher carnes mais magras e comer mais peixes e legumes.

O próprio website do Weight Watchers oferece muitas receitas de comidas leves. Mas o melhor site de receitas para quem faz o programa, na minha opinião é o SkinnyTaste. Até o marido que não vive de regime aprova. Hungry Girl  também é outra fonte de boas receitas.

Uma das minhas receitas favoritas de frango ao forno - Skinnytaste

Como tudo no programa é medido e pesado, é extremamente importante ter uma boa balança digital e um copo medidor para a comida. Quanto a medir o próprio peso, o programa pede que seja medido uma vez por semana. Eu confiava somente na balança médica da academia. Toda segunda eu vestia a mesma coisa e me pesava. Até hoje não tenho uma balança em casa, para evitar a ansiedade de me pesar todo dia.

Bom é isso. Claro que não estou sendo paga para escrever aqui, só gostaria de dividir com vocês algo que deu certo para mim e quem sabe pode ajudar alguém por ai que assim como eu já estava quase perdendo as esperanças.
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