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domingo, 3 de março de 2013

Em um segundo

A família do meu marido sempre foi um amor comigo, só nunca foram próximos. Barreiras linguísticas com os meus sogros e o distanciamento entre os irmãos, mesmo morando na mesma cidade, foram sempre o motivo. Eu tenho dois sobrinhos pelo lado da família dele. Os únicos sobrinhos que eu tenho, mas mesmo assim sou mais próxima de filhos dos meus amigos do que sou deles, por falta de convivência próxima.

Hoje a minha sobrinha, que é escoteira, foi vender biscoitos, é parte do programa delas. A mãe dela me contou quase um mês atrás e eu disse que ia lá para vê-la.



Eu me organizei toda, coloquei na agenda, não queria perder por nada. Mas imprevistos imprevisíveis apareceram. E assim que eu pude eu corri lá. Faltando 10 minutos para fechar a barraquinha dela. Não consegui ver a barraquinha dela a princípio e pensei que já tinham vendido tudo e ido embora. Bateu uma decepção enorme comigo mesma...

- Elas ainda estão aqui

- Para o carro!

Eu abaixei o vidro do carro, ele buzinou e ela olhou. Ela veio toda feliz correndo e gritou meu nome. Pela primeira vez eu senti que ela me conhecia, sabia quem eu sou, que eu sou tia dela e estava ali para apoia-la. E a minha ficha caiu. Em um segundo literalmente tanta coisa mudou. E eu nunca vou esquecer o segundo em que eu descobri que eu amo minha sobrinha, que minha sobrinha me reconhecia como família..  e a primeira vez que eu senti que sou parte da família.

3 comentários:

  1. Oi Priscila! Achei seu post muito fofo. Realmente, sentir-se parte da família, de fato, é muito diferente de ser parte da família apenas no papel.

    Um abraço!

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  2. Que coisa mais linda ! Estou com os olhos cheios d'água ... Tenho 6 sobrinhos , amo todos eles e posso entender perfeitamente o que você sentiu . Sei que igual amor de mãe não existe , mas amor de tia , só quando se tem sobrinhos é que a gente pode entender . Aliás , depois do amor de mãe , vem o incomparável amor de tia que , na minha opinião , no fundo , é igual ao amor de mãe . Pronto ! Falei ! Bjs para você e para a sua sobrinha .

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  3. Que legal, Priscila!
    As vezes, eu também estranho o distanciamento das pessoas e dos parentes, mas é em momentos como este que eu me dou conta de que não é nada pessoal, só diferença cultural. Pois nós brasileiras somos muito atenciosas e carinhosas.

    beijos

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